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terça-feira, 21 de julho de 2015

DEUS ESTÁ EM SILÊNCIO OU VOCÊ É QUE NÃO O ESTÁ OUVINDO...

Ele está falando, mas você insiste em não escutar!Quem nunca fez uma oração sincera e após isso não ouviu nenhuma voz, não viu nada acontecer, não sentiu nenhum movimento da parte de Deus? Isso acontece com todos nós. Em muitos momentos somos impactados pelo inquietante silêncio de Deus. Ou melhor, achamos que Deus está em silêncio, pois não conseguimos interpretar aquilo que Ele está querendo dizer ou mostrar, o significado desse “silêncio” que estamos pavorosamente experimentando. Parece ser exatamente esse o sentimento que tomou conta do salmista, que suplicou uma resposta clara de Deus: “Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte.“ (Sl 13.3). Pensando nesse “silêncio” de Deus, o que ele poderia significar? O que Deus pode estar querendo falar a nós através do Seu suposto silêncio?
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(1) O que você quer fazer está incorreto, errado diante de Deus. O silêncio de Deus pode ser um indicativo de que nossas motivações estão erradas. Podemos estar sendo levados por interesses egoístas, paixões carnais, teimosia, caprichos, falsa religiosidade, orgulho, cobiça, etc. Nesse caso, o silêncio de Deus é um indicativo claro para uma reflexão mais cuidadosa de nossa parte a respeito do que estamos pedindo e por que Deus não está respondendo: “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tg 4.3). Ou seja, é bom que reflitamos a forma e as motivações dos nossos pedidos que, em muitos casos, podem explicar o silêncio de DEUS.

(2) Não é o tempo certo de você fazer o que quer fazer. Quando estamos diante do silêncio de Deus, quase sempre não nos ocorre que não chegou ainda a hora de Deus agir concedendo nossa petição. Achamos que nós é que estamos certos, que sabemos o tempo e o modo de as coisas acontecerem. Somos ansiosos, impacientes, sem esperança, sem fé diante dos nossos pedidos e do silêncio de Deus. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Ec 3.1). Por que somos tão relutantes em descansar e crer que o silêncio de Deus pode ser um indicativo de que ainda não chegou a hora Dele agir em nosso favor?
(3) Deus está testando sua fé. Encontramos por toda a Bíblia Deus em silêncio e ao mesmo tempo testando a fé e a esperança de Seus servos. Uma pergunta precisa ser respondida: Até quando conseguimos manter a esperança e a fé em Deus mesmo ser ter uma resposta – clara – Dele? Muitos sucumbem a esse questionamento e abandonam a Deus, pois estavam mesmo interessados apenas em Suas bênçãos e não Nele como o seu caminho, verdade e vida. Apesar do salmista citado no inicio desse texto estar buscando desesperadamente a resposta clara de Deus, ele não deixa de registrar que, apesar do silêncio de Deus, ele permanece confiante na ação do Pai: “No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação. Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem.” (Sl 13.5-6)   
(4) Deus não está em silêncio, você é que não O está ouvindo. Já passou por sua cabeça que Deus pode estar falando e você não estar percebendo? Pois é, isso normalmente acontece na vida das pessoas que não têm uma intimidade bem fundamentada com Deus. Elas não convivem de verdade na presença do Pai, por isso, têm dificuldades de ouvir a Sua voz. Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz” (Jo 10.27). Para reconhecer mais nitidamente a voz do pastor é preciso ter intimidade com Ele. O salmista explica isso muito bem, quando diz que “A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.” (Sl 25.14). Talvez o silêncio de Deus seja, na verdade, uma surdez que você está vivendo. Ele está falando, mas você insiste em não escutar!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

"jugo desigual",O método de Deus para o cristão manter-se puro em um mundo corrompido

A Doutrina Bíblica da Separação

O método de Deus para o cristão manter-se puro em um mundo corrompido
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A doutrina da separação é, provavelmente, a menos compreendida e a menos ensinada pelos pastores nos dias atuais. Os fundamentalistas que a enfatizam normalmente deixam de aplicá-la aos irmãos, insistindo que a unidade precisa ser preservada e que nunca devemos nos separar de um irmão ou irmã em Cristo. De acordo com a visão deles, a separação pessoal do pecado e a separação eclesiástica das denominações apóstatas, é a única responsabilidade dos cristãos. Mas, o que dizem as Escrituras?

Para começar nossa discussão, vamos citar parte de uma nota de rodapé sobre separação, que encontramos na Nova Bíblia de Referência de Scofield. A nota de rodapé para 2 Coríntios 6:17, diz o seguinte:
"Separação: (1) Separação nas Escrituras tem dois aspectos: (a) de tudo que for contrário à mente de Deus; e (b) Separação para o próprio Deus. O princípio subjacente é que em um universo moral é impossível para Deus abençoar plenamente e usar seus filhos que estão contemporizando ou em cumplicidade com o mal. (2) A separação do mal implica em (a) separação em desejos, motivos, e atos, do mundo, em um sentido mau eticamente deste presente sistema mundano....; e (b) separação dos falsos mestres, que são descritos como 'vasos para desonra' [2 Timóteo 2:20-21; 2 João 9-11]. (3) A separação não é do contato com o mal no mundo ou na igreja, mas da cumplicidade e conformidade com ele..."

Logicamente, esses comentários referem-se à passagem em 2 Coríntios 6:14-18:
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso."

A imagem produzida pela expressão "jugo desigual" é a de tentar colocar dois animais totalmente diferentes - como um boi e uma mula - em uma mesma canga e esperar que ambos trabalhem bem em conjunto. O caos será o único resultado possível, pois os temperamentos dos dois animais são muito diferentes. O boi é vagaroso e pesado, enquanto a mula tende a ser mais rápida. O boi é sossegado e dificilmente se deixa incomodar pela natureza externa, mas a mula cabeça-dura freqüentemente afasta-se de qualquer coisa que reconheça momentaneamente como uma ameaça. Em outras palavras, nenhum fazendeiro experiente seria tolo de tentar tal coisa, pois simplesmente não daria certo. No entanto, infelizmente, no reino espiritual, muitos cristãos fazem basicamente a mesma coisa, casando-se com uma pessoa não-convertida! Isso, meus amigos, é um jugo espiritual desigual e tem uma alta probabilidade de resultar em infelicidades pelo resto da vida. É por isto que os rapazes e moças cristãos devem tratar cada namorada(o) como um potencial cônjuge e nunca iniciar um namoro com uma pessoa não-convertida. Por que? Porque o velho adágio "O amor é cego" não é verdadeiro - o correto é "o amor não se importa"! Quando você se apaixona por alguém, parece que tudo faz sentido! Portanto, para livrar-se de muitas dores, fique longe das moças lindíssimas ou dos rapazes atraentes não-convertidos. Pratique a separação. Isso não significa que devamos evitar totalmente as pessoas incrédulas e agir como se estivessem infectadas por uma doença grave. Não, significa que devemos estar separados - não isolados. Estamos no mundo mas não somos do mundo. Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nos deu o exemplo perfeito. Ele esteve com os "pecadores" [o antigo eufemismo para perdidos], fez refeições e associou-se com eles para lhes dar testemunho, mas certamente não participou de suas obras más e manteve-se separado e puro. Podemos e devemos fazer a mesma coisa em nossas vidas cotidianas.

A maioria dos cristãos fundamentalistas não tem muito problema em compreender esse aspecto da separação, mas infelizmente muitos deixam de praticá-lo. Muitos falham na área dos negócios quando se metem em sociedades comerciais com os incrédulos. A atitude deles é que ficar afastado de alianças espirituais erradas é uma coisa, mas a pessoa ainda precisa ganhar a vida. Adotar essa mentalidade é rejeitar diretamente a Soberania de Deus e proclamar a todos que ele não é capaz de prover o necessário para suas próprias ovelhas. Chame do nome que você quiser, mas ainda é um jugo desigual. Quando colocamos Deus em primeiro lugar em nossas vidas e praticamos a mordomia correta com aquilo que na realidade pertence a ele, não precisaremos depender de relacionamentos sem base bíblica para ganhar nosso pão de cada dia. Pratique a separação e observe como Deus o abençoa.

A separação eclesiástica é outra área que é bem fácil de compreender. Precisamos adotar e manter uma barreira entre nós e aqueles que praticam uma variedade de "cristianismo" que não existe na Bíblia. Como disse Shakespeare, "Nem tudo o que reluz é ouro". E nem todo aquele que se diz convertido realmente é. Quando a doutrina for má, fique longe deles. O Movimento Ecumênico não é nada mais do que um repúdio em massa à doutrina bíblica da separação, disfarçada sob um estandarte de unidade e precisa ser rejeitado como falso. E, é essa precisa violação da doutrina que requer que vejamos Billy Graham e todos os outros de seu tipo com extrema cautela. Eles são conhecidos como "neo-evangélicos" e são famosos por rejeitarem a doutrina bíblica da separação. A posição deles é a da "infiltração" [um termo que eles mesmos adotaram] e é a antítese da separação, fazendo exatamente o contrário. Em outras palavras, a filosofia deles é parecer, falar e agir como o mundo, para então "ganhar o mundo para Cristo". Para maximizar as conversões, insistem no pragmatismo - fazer qualquer coisa que sirva para produzir números. Se os números "vierem à frente, atendendo ao apelo" então os métodos usados estão justificados. Isso, meus amigos, assemelha-se à moral jesuíta - o fim justifica os meios. Deus não apóia isso!!! Qualquer pessoa descarada o suficiente para insistir que a doutrina bíblica da separação está "fora de moda" e "não funciona mais" [talvez não sejam as citações exatas, mas bem próximas do sentido desejado pelo porta-voz neo-evangélico Harold Ockenga, em 1957] é um herético e após duas ou três admoestações deve ser rejeitado [Tito 3:10]. Vejamos o verso inteiro:
"Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o."

Billy Graham e outros neo-evangélicos foram admoestados tantas vezes pelos pastores fundamentalistas conservadores, que os números sem dúvida chegam aos milhares! Todavia, eles se mantêm irredutíveis e se recusam a abandonar a estratégia original e a declaração de propósito, tentando cegamente fazer a obra de Deus da maneira do homem. Que Deus tenha misericórdia deles! Esperamos que com esta explicação do afastamento doutrinário deles, muitos mais percebam porque continuamos a apontar o erro deles, a despeito de incorrer na ira daqueles desinformados que pensam em colocá-los em pedestais de santidade. Não é uma questão do que pensamos, mas do que Deus diz em sua Palavra!

Se você dirigir o carro para uma quadrilha que assaltou um banco, é considerado tão culpado quanto aqueles que entraram no banco e perpetraram o assalto? Certamente que sim! A lei descreve isso como cumplicidade, um participante no crime. E, existem muitas aplicações jurídicas desse princípio. Existem também muitas aplicações na área da separação. Se voltarmos à nota de rodapé na Bíblia de Scofield, vemos que ela menciona contemporização e cumplicidade com o mal. O que isso está nos dizendo? Basicamente, indica que não precisamos ser aquele que está envolvido em um pecado específico para estarmos errados - simplesmente contemporizar ou estar em cumplicidade já é pecaminoso. Isso é grave e precisa ser encarado com seriedade, pessoal. Deus nos considera responsáveis por nossas ações e, quando conscientemente flertamos com a multidão errada, somos tão culpados quanto ela. Isso tem grandes implicações e deve deixar muitos pastores nervosos no que se refere à prática doutrinária. Por exemplo, se um pastor sai por uma tangente doutrinária, como o neo-evangelicalismo e não é questionado pelos diáconos, então eles são tão culpados por não praticarem a separação quanto o pastor! Se a doutrina continua sendo desconsiderada e o pastor foi questionado da maneira bíblica correta pelos membros da congregação, então eles têm três escolhas: (1) Pedir a renúncia do pastor, ou (2) Caladamente deixar a igreja, ou (3) Não fazer nada e ser cúmplices da doutrina errada. Esse pecado é o equivalente moral da AIDS e milhares de pastores já estão infectados ou apresentam resultado positivo no teste do vírus. São os resultados das "novas medidas para uma nova teologia" de Charles Finney - o fruto amargo de uma decisão deliberada e aberta de tentar fazer um melhor trabalho de evangelismo que Deus! O orgulho pecaminoso está no centro da matéria - um desejo intenso por resultados e de receber a aprovação dos homens - a velha mentalidade "minha igreja é maior do que a sua". E, a mentalidade é insidiosa e afeta os homens de maneiras estranhas - homens que negariam com veemência tê-la, mas que assim mesmo adotam atitudes de grandeza no que se refere aos números. Por exemplo, um certo pastor (que não será citado para proteger os símplices) pontifica em seu livro que existem pastores demais e que a maioria de nós deveria renunciar para que nossos rebanhos sejam adequadamente pastoreados por líderes comprovados, como ele e alguns outros pastores das megaigrejas. E, essa gema vem logo após ele ter condenado os pastores que se orgulham dos números. Sem brincadeira! Ele dedica páginas e páginas defendendo e exaltando seu ego e eu quase queimei o livro de tanta raiva que senti, mas depois decidi conservá-lo como um constante lembrete do que o orgulho pode fazer com a mente humana.

Em seguida vem a separação dos irmãos desordeiros e aqui saímos da frigideira para cair no fogo. Raras questões causam mais dissensão entre os pastores do que essa. "Ah, nunca devemos em nenhuma circunstância nos afastar da comunhão com um irmão ou irmã em Cristo", é a expressão imediata em certos círculos quando o assunto é mencionado. Assim, para aqueles que mantêm essa noção sem base bíblica, preparem-se para um nocaute, pois a Bíblia ensina claramente esse princípio. O que dizem as Escrituras?

2 Tessalonicenses 3:6, 11 e 14-15 não poderiam ser mais claros:
verso 6 - "Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão, que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu."

verso 11 - "Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes fazendo coisas vãs."

versos 14-15 - "Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão."

Essas palavras contundentes do apóstolo Paulo foram necessárias porque alguns crentes em Tessalônica estavam com a falsa idéia que o arrebatamento ocorreria em um futuro próximo. Muitos deles venderam suas propriedades, abandonaram seus empregos e ficavam ociosos, esperando o retorno do Senhor. Enquanto aguardavam, alguns recusavam-se a trabalhar pela comida que recebiam, enquanto outros ficavam se metendo na vida alheia. Assim, Paulo lhes deu (ou nos deu) essas instruções sobre o que precisavam fazer para corrigir tal comportamento. Observe que Paulo usa o advérbio "desordenadamente" - derivado de uma expressão militar que significa "marchar em outro ritmo", fora de sintonia com os demais. Aquelas pessoas estavam caminhando fora da linha, com um ritmo errado, e recusando-se a ouvir e a raciocinar, de modo que algo teve de ser feito para chamar a atenção deles. A cura era uma boa dose de separação! Paulo disse para afastar-se deles mas sem cortar a comunhão. O resultado pretendido seria envergonhá-los e despertar neles o desejo de se acertarem com todos na igreja. Não sei sobre você, mas se outros crentes viessem até mim e me dissessem que estou fora da linha e, por causa da minha obstinação, será necessário para eles afastarem-se da comunhão comigo - eu ficaria muito triste. Minha velha natureza pecaminosa não gostaria nem um pouco e sem dúvida tentaria da melhor forma racionalizar meu comportamento e fazer desculpas, mas em algum momento eu seria forçado a admitir minha falha e a pedir o perdão dos irmãos. Como disse o poeta escocês Robert Burns em um de seus poemas, "Ah, se tivéssemos o poder de nos ver como os outros nos vêem!" Se pudéssemos, não gostaríamos tanto de nós mesmos. Algumas vezes, algumas medidas drásticas são necessárias.

Entretanto, alguns adversários desse tipo de separação insistem com veemência que esse ensino aplica-se somente ao caso específico dos irmãos desordenados em Tessalônica, quase 2.000 anos atrás! Acho isso absolutamente ridículo, pois se fôssemos adotar esse método de exegese, grande parte da Bíblia deixaria de ter relevância para nós. Não, o princípio é claro e a razão é doutrinariamente sólida. Pecado é pecado, independente do lugar em que for encontrado e precisamos nos separar dele tão cedo quanto possível. Deus sabe que o pecado é altamente contagioso e, quando cometemos o erro de tolerá-lo, cedo ou tarde ele se gruda em nós. Uso freqüentemente a simples ilustração do mineiro que veste uma camisa branca! Se você trabalhar com um amontoado de carvão, vai ficar todo sujo e manter a camisa branca limpa será altamente improvável. Nossa caminhada neste mundo é muito similar, e precisamos usar todos os métodos que Deus nos deu para nos manter tão limpos quanto possível. Os irmãos que deliberadamente querem desobedecer não devem ser tolerados! É simples assim. Se você não consegue arrazoar com eles, afaste-se, pois a tolerância ao pecado deles é cumplicidade. Lembra-se do motorista do carro da quadrilha no assalto ao banco? Se você virar o rosto quando seu pastor, ou qualquer outro irmão, desviar-se do caminho correto em que deve andar, é culpado também. Se tivermos a coragem de defender o que é certo e agirmos de acordo com o procedimento correto prescrito na Bíblia, isto é, admoestarmos duas ou três vezes, poderemos ajudar a livrar alguém da servidão a Satanás. É trágico que esse passo muito prático seja tão negligenciado e tão malcompreendido, mas o brado irracional contínuo pela "unidade cristã" na verdade obscureceu a Palavra de Deus. Meus amigos, a doutrina nunca deve ser sacrificada em prol da unidade. E, não é necessário muita imaginação para ver que os números têm uma parte significativa na insistência pela unidade a todo o custo. A obediência a Deus é mais importante, mesmo que signifique termos um "reavivamento pela porta dos fundos" e perdermos a maioria dos membros. A experiência prova que aqueles que se afastam dessas coisas raramente fazem parte do "grupo que participa da Reunião de Oração" - os poucos fiéis - a literal espinha dorsal da maioria das igrejas. Como óleo e água, o joio e uma aplicação sólida e consistente da doutrina não se misturam.

A mentalidade "ganhá-los a todo o custo" não tem base nas Escrituras. A salvação de Deus foi assegurada antes da fundação do mundo [Efésios 1:4]. Ao contrário das exortações emocionais feitas por muitos pastores, nenhuma alma irá para o inferno por causa da falha de algum dos santos de Deus em testemunhar. A salvação é realmente do Senhor e ele ficará satisfeito com o resultado final, de acordo com Isaías 53:11-12:
"Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si os pecados de muitos, e intercede pelos transgressores."

Ao contrário da opinião popular, Jesus Cristo não morreu pelos pecados de todo o mundo - somente dos eleitos. Observe nos versos acima que ele levou as iniqüidades deles - falando dos muitos (não todos) a quem justificou. Além disso, esse pensamento é reiterado no verso 12, em que observamos que ele levou os pecados de muitos (novamente, não todos, como é a crença comum hoje). Se Cristo morreu pelos pecados de todos os indivíduos - pergunte a si mesmo como ele poderia ficar satisfeito com o fruto do seu trabalho, quando sabe que a vasta maioria passará a eternidade no Inferno? Resignado deveria ser um termo mais apropriado, se isso fosse verdadeiro! Essa é uma má aplicação das Escrituras e é fundamental na teologia de Finney, que ensina que todos os homens tiveram seus pecados pagos e tudo o que precisam fazer é aceitar a Cristo como Salvador para irem ao céu ao morrer. Essas "novas medidas" do evangelismo não foram concebidas para combinar bem com as antigas doutrinas da Eleição e da Predestinação - tão claramente ensinadas na Palavra de Deus - mas foram feitas se encaixar com uma nova teologia que supostamente poderia "trazer reavivamento quando desejado" [citando suas próprias palavras]. Os números são, obviamente, sua principal motivação, e aproximadamente 150 anos depois, seus métodos foram afiados para atingir a perfeição psicológica. Como resultado, os pastores fazem esforços ridículos para tentar superar uns aos outros e ver quem constrói a maior igreja na cidade. "Venham, aqui todos são bem-vindos. Responda ao apelo, faça sua profissão de fé, seja batizado, torne-se membro, comece a consagrar seu dízimo - o céu é a próxima parada!" No entanto, 150 anos atrás, uma pessoa precisaria caminhar no caminho estreito por um certo tempo até ser aceita como membro de uma igreja. Algumas evidências de o Espírito Santo estar habitando naquela pessoa precisariam ser observadas como prova de genuína regeneração, até que ela fosse recebida como membro do corpo de Cristo. A separação era praticada, e por uma boa razão - eles estavam fazendo o melhor que podiam para evitar a presença de joio no meio do trigo. Hoje, a regra de ouro é "Quanto mais, melhor" e o objetivo é criar megaigrejas.

O neo-evangelicalismo tornou-se inevitável uma vez que as barreiras foram rebaixadas e todo homem, mulher e criança na Terra passou a ser considerado como alvo para a persuasão. A separação, como doutrina, foi rejeitada porque não contribui para inchar os números. "Jesus Cristo morreu pelos seus pecados e todos eles já foram pagos na cruz. Tudo o que você precisa fazer é aceitar a Cristo como seu Salvador para ser eternamente salvo." Isso soa maravilhoso e, como mencionei diversas vezes, ensinei, cri e preguei sobre isso durante muitos anos - mas é uma total bobagem e ainda estou admirado pelo fato de não ter visto isso antes! "A fabricação de Finney" é absolutamente impossível de acordo com a Bíblia, pois os homens mortos espiritualmente [Efésios 2:1], que são escravos de Satanás [Efésios 2:2], e que não podem compreender o que se discerne espiritualmente [1 Coríntios 2:14], se deixados por sua própria conta não buscam a Deus [Romanos 3:11] - não têm a capacidade de aceitar ninguém. Estão mortos espiritualmente! Até que Deus restaure a viva espiritual deles, são incapazes da crer realmente, e qualquer aceitação de parte deles não é nada mais que uma fútil tentativa de escapar do fogo. Um número incontável de pessoas em todo o mundo continua a ser persuadido por meio da pressão psicológica a "aceitar" a Jesus Cristo e é levado a um falso senso de segurança. No entanto, o resultado verdadeiramente trágico disso tudo é o que está provocando em nossas igrejas. A doutrina da separação raramente é ensinada ou praticada, e está havendo uma invasão de hordas de joio não-convertido - suas naturezas carnais estão arruinando qualquer rastro de espiritualidade e suas atitudes e seu estilo de vida mundano logo tornam-se a norma para as congregações. Eles literalmente não podem compreender o conteúdo espiritual da Palavra de Deus e insistem em serem alimentados com sermões sobre o tema "sinta-se bem consigo mesmo", que os ajudem a aliviar as dificuldades da vida diária. O estudo bíblico sério degenera rapidamente para análises de livros e discussões sobre temas ambientais. As preocupações sociais tornam-se mais importantes que as questões espirituais. Isso tudo parece familiar a você? Deve parecer, porque em geral, as igrejas estão repletas disso. Entretanto, enquanto a igreja estiver experimentando "crescimento", o pastor achará que está tudo bem, pois sua aposentadoria está garantida.

"Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso."
Se você participa de uma igreja que está nessa situação, receba nossos pêsames - mas há algo que pode fazer! Você vai continuar sendo cúmplice com a má doutrina e com as más práticas, ou praticará a doutrina bíblica da separação? A escolha é sua.

Se Deus permitir, voltaremos ao assunto.
Autor: Pr. Ron Riffe
Tradução: Jeremias R D P dos Santos

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Você tem consagrado ao Senhor TODAS as suas obras?

Estava estudando a Bíblia hoje, me preparando para o Mês da Sabedoria e encontrei o seguinte versículo:
Consagra ao SENHOR todas as tuas obras e os teus planos serão bem-sucedidos.( Provérbios 16:3)
Você tem consagrado ao Senhor TODAS as suas obras?
                                                                                                                                                        Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos.” (Provérbios 16. 3 – NVI)
Todos nós temos planos e sonhos para as nossas vidas. Todos nós queremos que eles se realizem de forma que nos beneficiem e nos façam felizes. Alguns sonham junto com Deus, outros têm seus sonhos totalmente à parte de Deus. Cada um tem a liberdade de conduzir os seus sonhos da forma que acha melhor. No entanto, a palavra de Deus sempre nos dará a direção correta na condução de toda a nossa vida, inclusive dos nossos planos e sonhos.
O provérbio citado no inicio do artigo começa falando: “Consagre ao Senhor tudo o que você faz”. Consagrar significa dedicar a Deus tudo que fazemos e o que pretendemos fazer. É participar Deus de tudo, entregar tudo a Ele, submeter tudo à Sua vontade, estar pronto a fazer com que tudo que aconteça ou que conquistemos seja para honrar o nome de Deus. Consagrar é confiarmos que Deus está na direção de tudo e fazermos a nossa parte, agradando-O. Isso é consagrar.
O provérbio nos garante que agindo assim os nossos planos serão bem-sucedidos. Um plano bem-sucedido é um plano que dá certo. No entanto, esse conceito de “dar certo” deve estar bem entendido em nossa mente. Para o servo de Deus o plano que dá certo é aquele que é conduzido exatamente na vontade de Deus, e nem sempre a vontade de Deus “bate” com a nossa vontade. Isso pode fazer com que um plano que, aparentemente, aos olhos das pessoas e até aos nossos, não tenha dado certo, na verdade, tenha sido sim bem-sucedido!
Para o mundo, o plano que é bem-sucedido é aquele que consegue sucesso, que acontece segundo seus idealizadores desejam, independente se Deus foi glorificado ou não. Porém, para o que consagra tudo a Deus, o conceito de bem-sucedido é outro.
O servo de Deus sempre faz a sua parte e fica sensível ao que Deus lhe mostra. Agindo assim, todos os nossos planos serão bem-sucedidos, ainda que em sua formatação final as coisas não tenham saído como desejou o nosso coração. A garantia disso vem de Deus. Para muitos a morte de Jesus na cruz não foi algo bem-sucedido. Alguns olhavam para Jesus e o desafiavam a descer da cruz e salvar-se a si mesmo. Para eles, isso seria “Jesus ser bem-sucedido”. Porém, sabemos que foi sim bem-sucedida a morte na cruz, pois atendeu a todo o desejo de Deus, a toda a Sua vontade.
Fazer a vontade de Deus e consagrar tudo a Ele é a garantia de que tudo dará certo! E tudo dará certo quando Deus disser: Deu certo!

há "pecadinho e pecadão"?

Hoje, muitas pessoas reagem contra o legalismo e a discriminação afirmando que todos os pecados são iguais perante Deus e que, portanto, não existe pecadinho, nem pecadão. Contudo, a Bíblia parece mostrar uma complexidade maior sobre o assunto.
No excerto abaixo, parte do artigo “A prática homossexual é igual qualquer outro pecado?”, Robert Gagnon dá 12 exemplos de que nem todos os pecados são iguais. Como este é um tema polêmico, leia e reflita antes de reagir.
O fundamento escriturístico da visão de que alguns pecados são piores do que outros
Ainda assim, continuo sendo um ‘homem da Bíblia’; então, atentemos para ela. Provas para a visão de que a Bíblia considera alguns pecados como piores do que outros são praticamente infindáveis, de modo que encerrarei a lista quando chegar numa dúzia de exemplos.
(1) No Antigo Testamento, existe claramente uma classificação de pecados. Por exemplo, em Levítico 20, que reordena as ofensas sexuais do capítulo 18 conforme a severidade da ofensa/pena, com as ofensas sexuais mais graves agrupadas primeiro (20.10-16). Dentro do primeiro nível de ofensas sexuais (ao lado de adultério, as piores formas de incesto, e bestialidade) está a relação sexual com alguém do mesmo sexo. Obviamente, variadas penas para diferentes pecados se encontram por todo o material legal do Antigo Testamento.
(2) Após o episódio do bezerro de ouro, Moisés disse aos israelitas: ‘Cometestes um grande pecado. Agora, porém, subirei ao Senhor; talvez eu possa fazer expiação pelo vosso pecado’ (Êx 32.30). Obviamente, o episódio do bezerro de ouro foi um enorme pecado por parte dos israelitas, algo confirmado pela gravidade do julgamento divino. Deve ter havido muitos tipos de pecados entre os israelitas, desde o momento em que partiram do Egito. Apenas em ocasiões específicas, no entanto, a ira de Deus se acendeu contra as ações dos israelitas — por que motivo, se todos pecados são igualmente abomináveis para Deus?
(3) Números 15.30 refere-se às ofensas praticadas com ‘punhos cerrados’ (deliberadamente e, talvez, em tom de desafio) como se fossem de natureza mais séria do que pecados relativamente involuntários (15.22,24,27,29).
(4) Em Ezequiel 8, o profeta é erguido por um anjo ‘nas visões de Deus’ e levado até Jerusalém, onde vê diferentes graus de idolatria ocorrendo nos arredores do Templo e o anjo declarando duas vezes a frase: ‘Verás abominações ainda maiores que estas’ (isto é, coisas detestáveis para Deus; 8.6,13,15; 8.17), depois de uma sequência de visões.
(5) Jesus referiu-se ao ‘que há de mais importante na Lei’ (Mt 23.23), como justiça, misericórdia e fidelidade — era mais importante obedecer a estas coisas do que ao dízimo de especiarias, mesmo que não se devesse desprezar tais ofertas. Formulações deste tipo implicam que violações do que há de mais importante ou dos principais mandamentos (como não defraudar os pobres de seus recursos tendo em vista ganho pessoal) são mais graves do que violações de mandamentos menores ou ‘mais leves’ (por exemplo, dar o dízimo de pequenos alimentos, como especiarias), que, segundo Jesus, deveriam ser praticados sem deixar de lado as questões mais importantes. Jesus acrescenta a seguinte crítica: ‘Guias cegos! Coais um mosquito e engolis um camelo’ (23.24). Qual é a diferença entre um mosquito e um camelo, se todos os mandamentos e todas as violações são iguais?
(6) Famosa também é a identificação que Jesus fez dos dois mandamentos mais importantes (Mc 12.28-31). Ele também disse: ‘Quem desobedecer a um desses mandamentos [da lei], por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino do céu’ (Mt 5.19). Novamente, apresentar mandamentos maiores e menores significa apresentar violações maiores e menores.
(7) Sugeriria que a especial aproximação de Jesus a quem explorava os outros economicamente (cobradores de impostos) e a quem pecava na área sexual, sempre no esforço de restaurá-los para o reino de Deus que ele proclamava, não era tanto uma reação ao abandono deles pela sociedade quanto uma indicação da especial gravidade desses pecados e o perigo espiritual extremo que tais pessoas encaravam. Nesse sentido, pode-se pensar na história da mulher pecadora que lavou os pés de Jesus com lágrimas, enxugou-os com seus cabelos, beijou-os com seus lábios, e ungiu-os com óleo (Lc 7.36-50). Jesus explicou o ato extraordinário da mulher contando uma parábola de dois devedores: aquele a quem o credor mais perdoa é quem mais o ama. A dedução óbvia é que a mulher pecadora tinha feito algo pior aos olhos de Deus. Embora o anfitrião fariseu de Jesus não tenha gostado que a mulher tenha tido contato com Jesus, este louvou as ações dela: ‘Os pecados dela, que são muitos [ou grandes], lhe são perdoados, pois ela amou muito [ou grandemente]; mas aquele a quem se perdoa pouco, este ama pouco’ (7.47). Muitos cristãos tratam a ideia de ser perdoado de maiores pecados como algo ruim. Jesus subverteu-a. Pense só como cristãos que enfatizam que todos pecados são iguais poderiam empregar o conceito bíblico de alguns pecados serem mais graves do que outros: alguns de nós talvez precisassem de mais perdão, mas posso dizer que isto nos fez entender a graça do Senhor de uma forma melhor e, portanto, amar o Senhor ainda mais.
(8) Outro caso óbvio de priorização de algumas ofensas como piores do que outras é a caracterização de Jesus sobre a ‘blasfêmia contra o Espírito Santo’, ‘pecado eterno’ do qual nunca se terá perdão — no contexto, refere-se aos fariseus terem atribuído os exorcismos de Jesus ao poder demoníaco (Mc 3.28-30).
(9) De acordo com João 19.11, Jesus disse a Pilatos: ‘Nenhuma autoridade terias sobre mim, se do alto não te fosse dada; por isso, aquele que me entregou a ti incorre em pecado maior’. A referência é a Judas (6.71; 13.2,26-30; 18.2-5) ou ao sumo sacerdote Caifás (18.24,28). ‘Pecado maior’ naturalmente implica que a ação de Pilatos é pecado menor.
(10) Paulo fala sobre diferentes níveis de ação em 1Coríntios 3.10-17: é possível construir de qualquer jeito sobre o fundamento de Cristo e sofrer perda, mas ainda assim herdar o reino. No entanto, ‘destruir o templo de Deus’, a comunidade local de cristãos, por questões indiferentes traria sobre a pessoa sua própria destruição efetuada por Deus. Contrasta-se esta destruição com ser ‘salvo … pelo fogo’ por causa das ofensas menores. Importantes comentaristas de 1Coríntios (por exemplo, Gordon Fee [pentecostal], Richard Hays [metodista], David Garland [batista] e Joseph Fitzmyer [católico]) concordam (1) que se faz distinção entre o grau de gravidade das ações; e (2) que Paulo aborda a salvação individual do cristão. Assim diz Gordon Fee: ‘Que Paulo atenta para uma verdadeira ameaça de punição eterna parece também ser o sentido óbvio do texto’. ‘Quem é responsável por desmantelar a igreja pode esperar julgamento à altura; é difícil fugir do sentido de juízo eterno neste caso, dada a sua proximidade com os vv. 13-15’ (The First Epistle to the Corinthians [NICNT; Grand Rapids: Eerdmans, 1987], pp. 148-149). O mesmo pensa Garland, que de forma sucinta afirma que ‘juízo desolador’ aguarda a quem destrói a comunidade em Corinto: ‘sua salvação está em risco’ (p. 121).
(11) Se todo pecado é igualmente grave para Deus, por que Paulo destacou a ofensa do homem incestuoso em 1Coríntios dentre todos os pecados dos coríntios como motivo para exclusão da comunidade? Por que tamanha expressão de choque e indignação da parte de Paulo? Além disso, se não existisse uma classificação de mandamentos, como Paulo poderia ter rejeitado de imediato um caso de incesto que mostrava consenso entre dois adultos, era monógamo e comprometido? Se os valores da monogamia e compromisso pelo resto da vida fossem de mesmo peso que a exigência de certo nível de alteridade familiar, Paulo poderia não ter tomado uma decisão quanto ao que fazer. Naturalmente, para Paulo, não foi uma questão difícil de decidir. Ele sabia que a proibição de incesto era mais fundamental.
(12) Primeira João 5.16-17 diferencia entre ‘pecado que não é para morte’ (pelo qual a oração pode surtir efeito e salvar a vida do pecador) e ‘pecado para a morte’ (pecado mortal, pelo qual a oração não surtirá efeito).
Estes doze exemplos (será que precisamos mesmo de mais?) já devem deixar claro que a afirmação de que a Bíblia não indica em lugar algum que determinados pecados são piores aos olhos de Deus não tem nenhum mérito.
Cristãos às vezes ficam confusos sobre a questão ao pensar no argumento de Paulo acerca do pecado universal em Romanos 1.18—3.20. Sim, Paulo argumenta que todos seres humanos, judeus e gentios sem nenhuma distinção, estão ‘debaixo do pecado’ e ‘sujeito[s] ao julgamento de Deus’. De fato, sua posição não é simplesmente que ‘todos pecaram e estão destituídos [ou carecem] da glória de Deus’ (3.23), mas também que todos ‘substituíram a verdade de Deus’ e de nós mesmos acessível nas estruturas materiais da criação (1.18-32) ou na revelação direta das Escrituras (2.1—3.20). Paulo argumenta o seguinte: não podemos dizer que pecamos, mas não sabíamos que pecamos. Pecamos e sabíamos (em algum lugar nos recônditos da nossa alma) ou, ao menos, recebemos muitas provas disso. Em resumo, todos são ‘indesculpáveis’ por não glorificar Deus como Deus (1.20-21).
O que Paulo diz é que qualquer pecado pode excluir alguém do reino de Deus, se esse alguém pensa que pode conquistar a salvação por mérito pessoal ou que dispensa a morte reparadora e a ressurreição vivificadora de Jesus. O que Paulo não diz é que todo pecado é igualmente ofensivo a Deus em todos aspectos. O argumento em Romanos 2, por exemplo, não é que os judeus pecam tanto (quantitativamente) ou tão notoriamente quanto (qualitativamente) os gentios de maneira geral. Qualquer judeu, incluindo Paulo, teria rejeitado esta conclusão de imediato. Idolatria (1.19-23) e imoralidade sexual / homossexualidade (1.24-27) não era nem de longe um problema tão grande entre os judeus como o era entre os gentios (evidentemente, ‘os pecados comuns’ de 1.29-31 já eram mais problemáticos). Antes, o argumento é que, embora os judeus pequem menos e de forma menos notória em relação aos gentios de maneira geral, todavia têm mais conhecimento porque têm mais acesso às ‘palavras de Deus’ nas Escrituras (2.17-24; 3.1,4,9-20). Então, tudo fica nivelado, por assim dizer, no que diz respeito à necessidade de receber a obra graciosa de Deus em Cristo (3.21-31).
graça e paz.

Lideres doentes, produzem líderes com disfunções...

graça e paz,                                                                                                                                                         acredito que nosso papel seja o de alcançar vidas e construir uma liderança que traga resultados e frutos para as pessoas que nos rodeiam.
Tenho visto líderes fracassarem por negligenciarem algumas batalhas, muitas das vezes silenciosas, ocorrendo dentro de si. São os gigantes da amargura, raiva, sentimento de vingança... ...medo de fracassar, dúvidas excessivas quanto ao futuro, medo de ser rejeitado e medo de ser diferente em relação as pessoas do seu grupo de relacionamento.
Esses gigantes tem obstruído o caminho de muitos e, isso tem impedido talvez você de experimentar uma liderança plena e extraordinária nos ambientes em que está inserido.
Compreender que a mudança interior é o primeiro passo para construção de uma liderança que trará mudanças significativas em âmbito pessoal, profissional, ministerial, profissional e nos negócios, é o desafio a ser vencido hoje!
Lembre-se disso: Lideres doentes, produzem líderes com disfunções...
Como seu irmão em Cristo, quero lhe deixar 7 conselhos:
1. Deixe fluir e vir a verdade do seu interior, porque aonde há verdade, há liberdade e transformação.
2. Construa um contexto, um ambiente, que potencialize e evidencie a prática da sua liderança.
3. Retire da sua vida, literalmente, todo pensamento de conforto e dependência. Tudo que possa paralisar suas ações.
4. Definitivamente, compreenda que sua diferença está em permanecer no ambiente de luta e adversidades, quando muitos estão saindo e desistindo. É o seu posicionamento que trará vidas e mudanças ao seu redor.
5. Não existe fracasso, todo processo é um aprendizado necessário para construção da sua liderança.
6. Aprenda ver oportunidades aonde muitos veem dificuldades.
7. Dispense as opiniões, elas não te ajudam a desenvolver sua liderança, prefira os conselhos, porque eles dependem de um investimento e são mais assertivos.

Se você quer ir mais longe, liberte sua alma e viva um novo tempo de Deus na liderança.
Deus te abençoe e tenha um dia de avanço e crescimento.
Um abraço!

segunda-feira, 6 de julho de 2015

tente,nunca desista.

Tudo pode se fazer novo...
Não é seu trabalho que te cansa, nem sua missão, mas sim a forma como
você lida com que tem recebido.

Ou talvez você já tenha ouvido dizer que: não é o quanto de dinheiro que você ganha
que determina a qualidade da sua vida, mas sim o que você faz com que ganha.

Tudo são sementes e é sobre isso que quero falar.

Seu trabalho é uma semente, sua família é uma semente, seu dinheiro é uma semente,
seus relacionamentos são sementes, seu ministério, igrejas e projetos são sementes....

Quando escrevi o programa liderar o fiz como uma semente multiplicadora.

Nossa vida é uma semente!

E quando esta vida prospera, ela autoriza outras vidas prosperarem...

Se você produz frutos isso mostra claramente que houve o sacrifico do plantio e
da colheita, porque quando uma semente está escondida de baixo da terra,
ela pode morrer ou brotar, tudo sempre dependerá da sua entrega em fazê-la germinar.

Talvez possa soar um pouco confuso o que quero lhe dizer, mas resumidamente,
quero que saiba que sem semeadura, não haverá colheita, sem sacrifício, não haverá
crescimento, sem dores você não será fortalecido.

Muitos querem logo resolver o problema, sem antes compreenderem e aprenderem
a fundo sobre ele. Digo isso porque todo problema não aprendido, carregamos
e fatalmente passaremos por ele novamente.

Compreenda que:
1. Os problemas das pessoas são delas, cada um precisa aprender a lidar com sua luta;
2. Nós podemos ser responsáveis pelos outros, não para os outros.
3. A fadiga nos leva para outros caminhos, com isso não conseguimos ouvir a voz de Deus;
4. Quando um líder entra em crise é hora de sacrificar, é hora de semear;
5. Sua autoridade é proporcional a sua maturidade;
6. Princípios revelam quem você é não os resultados;
Resultados revelam o quão capacitado e habilitado você está para liderar.

Como líderes nosso entendimento precisa ser de que quando uma vida deixa
de dar frutos, possivelmente, o plantio sessou, o investimento parou.

Meu mentor sempre diz que não há almoço de graça, não se engane, tudo
debaixo do céu e da terra tem seu preço.


Decidir Ser e Fazer é uma escolha conscienciosa e movida pelo seu querer.

 você tem que deixar deus te ajudar,só que tem coisas que nós é que devemos fazer,a pior coisa é não tentar,
deus te abençoe...

como virá o anticristo.

Thomas Ice e Timothy Demy

O Anticristo trará paz ou guerra?

O Anticristo será um líder que busca a paz e trava guerras. Na busca de paz ele será bem-sucedido e enganador; ao travar guerras ele será destemido e destrutivo. O Anticristo geralmente é descrito na Bíblia como um guerreiro. Suas atividades são resumidas em Daniel 9.27:
"Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele."
Em Apocalipse 6.2, João apresenta o Anticristo ao escrever: "Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer."
Nosso mundo precisa desesperadamente de paz, pessoas sinceras de vários contextos de vida trabalham e oram diariamente por uma paz duradoura. Na verdade, como crentes, somos incentivados pela Bíblia a orar por paz. Ainda assim, a instabilidade política é profunda em muitas regiões do mundo. A busca de uma paz permanente no Oriente Médio exige muita atenção e produz muitas manchetes; muitas vidas e carreiras foram sacrificadas na tentativa de trazer paz à região. Em última análise, no entanto, não haverá paz duradoura no mundo enquanto ele não for governado por Jesus Cristo, o Príncipe da Paz.
Quando o Anticristo emergir, será reconhecido e aceito por causa de sua habilidade como pacificador. Como líder da confederação multinacional, ele imporá paz a Israel e ao Oriente Médio, iniciando e formulando um tratado de paz para Israel. O Dr. Walvoord escreve sobre essa paz:
Quando um gentio, líder de dez nações, apresentar um tratado de paz a Israel, este será imposto com força superior e não como um tratado de paz negociado, ainda que aparentemente inclua os elementos necessários para tal acordo. Ele incluirá a delimitação das fronteiras de Israel, o estabelecimento de relações comerciais com seus vizinhos – algo que Israel não tem atualmente, e, principalmente, oferecerá proteção contra ataques externos, o que permitirá que Israel relaxe seu estado de constante alerta militar. Também é possível prever que algumas tentativas serão feitas para abrir áreas sagradas de Jerusalém para todas as religiões a elas relacionadas.[1]
No decorrer dos séculos, cristãos e judeus fiéis seguiram a exortação de Salmo 122.6 de"orar pela paz de Jerusalém." Mas a falsa paz do Anticristo não é a "paz de Jerusalém." O tratado ou aliança de paz do Anticristo só trará uma paz temporária e superficial à região. A princípio ela poderá ser eficaz e reconfortante, mas não durará. Depois de três anos e meio ela será quebrada e os gritos de alegria serão substituídos por gritos de aflição. Como todas as obras de Satanás, a vitória proclamada acabará em dor e violência:
Apesar dos detalhes da aliança não serem revelados na Bíblia, aparentemente ela trará grande alívio para Israel e para todo o mundo. O tempo de paz é previsto nas profecias de Ezequiel que descrevem Israel como um povo "em repouso, que vive seguro" nessa época (Ez 38.11). Em 1 Tessalonicenses 5.3 a frase que estará na boca do povo antes da Grande Tribulação cair sobre eles é: "Paz e segurança." ...A paz de que Israel desfrutará por três anos e meio se transformará tragicamente numa paz falsa e no prelúdio de um tempo de angústia incomparável, quando dois de cada três israelitas morrerão na terra (Zacarias 13.8).[2]
Num determinado ponto, por volta da metade da Tribulação, a paz de Israel será desafiada por exércitos invasores do norte (Ezequiel 38-39). Esses exércitos atacarão Israel, desafiando a paz estabelecida pelo Anticristo e sua autoridade. Mas Deus intervirá a favor de Israel, protegendo-o e aniquilando os exércitos invasores (Ezequiel 38.19-39.5). Isso se realizará em parte por um terremoto (38.19,20), em parte por confusão militar (38.21), e por uma praga acompanhada de granizo e fogo (38.22).
Depois desse conflito e da quebra da aliança com Israel, o Anticristo se declarará líder mundial. Isso poderá ser resultado da sua vitória sobre os exércitos invasores. O Dr. Walvoord escreve que "o líder da confederação de dez nações se encontrará numa posição em que poderá proclamar-se ditador mundial, e aparentemente ninguém será forte o suficiente para lutar contra ele. Sem ter que lutar para conseguir isso, ele governará o mundo como instrumento de Satanás."[3] Seu poder e força aumentarão, assim como sua tirania, e isso resultará num desafio final da sua força militar e política, que culminará na batalha de Armagedom (Apocalipse 16.14-16). Como tantos líderes e governantes antes dele, o Anticristo prometerá paz e travará guerras. Ele entrará num conflito de conseqüências globais – um conflito definitivo do tipo "quem ganhar fica com tudo" – e será derrotado e destruído por Jesus Cristo (veja Salmo 2).

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO.

1. A Primeira vinda : O Nascimento de Jesus em Belém da Judéia

O pecado entrou no mundo quando Adão e Eva desobedeceram a Deus. Contudo Deus nunca os abandonou. Ele prometeu enviar alguém para pagar o preço por nossos pecados. O preço seria a morte (já que o salário do pecado é a morte – Rm 6-23) Então Cristo veio, exerceu seu ministério, foi morto e ressuscitou ao terceiro dia. Promessa cumprida e preço pago.  Deus é fiel! Tudo isto para que saíssemos do estado de condenação que veio de Adão e Eva. Leia João 3.17. Portanto o objetivo da 1ª vinda de Cristo foi para salvar a humanidade do pecado e seus efeitos. Esta é a maior promessa do Antigo Testamento. O Novo Testamento inicia-se com o cumprimento desta promessa. O plano de Deus para a humanidade está em plena execução até que se cumpra todas as coisas conforme a Palavra de Deus.

 2. A Segunda vinda de Cristo: O arrebatamento 

Durante Seu ministério na terra, Cristo fundou sua igreja e deu-lhe outra promessa: Ele voltaria novamente buscar os salvos, isto aqueles que receberam a Cristo como Salvador e viveram de acordo com sua Palavra. Através de nossa constante comunhão com Cristo aguardamos a qualquer momento a segunda vinda dele. Será o dia mais glorioso pois veremos ao Senhor como Ele é. Os mortos em Cristo ressurgirão primeiro e nós, os vivos, seremos transformados. Receberemos um corpo glorioso e habitaremos para sempre com o Senhor. Esta é a maior promessa do Novo Testamento. Leia com atenção 1 Tessalonicenses 4.16-17 e 1 Coríntios 15.50-52!

3. Como aguardar o arrebatamento

3.1 Devemos estar alerta: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.”  (Mateus 24.27) Isto significa que ninguém terá tempo extra para se preparar. Devemos vigiar. Jesus falou que este episódio seria semelhante aos dias de Noé (Mt 24.36-44) Jesus contou algumas parábolas sobre sua volta: (Mt 24.45-51; Mt 25.1-13; Ef 4.30)
 3.2 Devemos estar trabalhando na evangelização
“Bem-aventurado aquele servo a quem o Senhor, quando vier, achar fazendo assim.” Lc 12.43
“Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. João 4.35 Produzimos mais quando pensamos na Vinda do Senhor.
 3.3 Devemos estar purificados 
“E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.” 1 João 3.3 “Purificar-se” é manter permanente e viva comunhão com Ele, evitando entristecê-lo(Ef 4.30) Jesus é a nossa Justiça e tornará justo a todos os que o procurarem com sinceridade. O texto poderia ser lido assim: “Todo aquele que tem esta esperança e vive em permanente comunhão com Jesus”. O resultado será uma vida limpa.
4. POR QUE JESUS AINDA NÃO VOLTOU?
Cristo deseja que ninguém se perca, mas se arrependam, mas Ele não esperará para sempre. (2 Pedro 3.9)
5. O QUE ACONTECERÁ LOGO APÓS O ARREBATAMENTO DA IGREJA?
5.1 NO CÉU: Ocorrerá o tribunal de Cristo.(Bema) – Não se trata de julgamento dos crentes. Nossos pecados já foram julgados na cruz do calvário. Estamos justificados. Será o julgamento das obras do crente: 2 Co 5.10; Rm 14.10.  Será nos ares, às portas do céu: 1 Ts 4.17. A finalidade é recompensar os crentes pelos serviços prestados enquanto viveram na terra: Ap 22.12; 1 Co 3.13,14.
5.2 NA TERRA: Ocorrerá a tribulação  – O anticristo se manifestará no mundo com muita popularidade e fará um acordo de paz com Israel.(Dn 9.27). Depois de três anos é meio romperá o acordo e se inicia-se a a Grande Tribulação. Os capítulos 6 a 9 de Apocalipse refere-se à 1ª fase da tribulação e do 10 ao 18 à 2ª fase. O objetivo da tribulação é salvar, derramar juízo sobre os desobedientes, preparar Israel para reconhecer o Messias e destruir o império do Anticristo. Leia mais: Mt 24. 1-44; Zc 13,8,9; Lc 19.11-27
6. A 2ª VINDA DE CRISTO(2ª FASE): SERÁ EM GLÓRIA COM OS ANJOS E A IGREJA GLORIFICADA
A volta de Jesus será  para derrotar pessoalmente o anticristo e julgar as nações que lutaram contra Israel durante a Grande Tribulação e implantar o Reino (1000 anos) Veja a diferença entre a 1ª e a 2ª fase:
1ª FASE: ARREBATAMENTOFASE: SEGUNDA VINDA EM GLÓRIA
Só os santos verão Mt 24.36
Cristo vem para a igreja. 1 Ts 4.17
Antes da Tribulação. Ap 3.10
Em público: (todo o olho verá) Ap 1.7
Cristo vem com a igreja. Jd 14; 1 Ts 3.13
Depois da tribulação. Mt 24.29-30
O arrebatamento será o maior acontecimento da história. Para o crente será o dia em que todo sofrimento terá fim e para sempre estaremos no lar celestial.(Hb 4.1-11) A única maneira de estar preparado, é manter em dia a comunhão com o Senhor Jesus Cristo. O resultado será uma vida irrepreensível. (1 Tessalonicenses 5.23)

domingo, 5 de julho de 2015

O MAIOR DE TODOS OS DONS:O AMOR.


A mensagem bíblica começa com amor
e termina com amor...
                           João 15: 9-12
Amar é a maior experiência do homem no curso da sua vida. É claro, não estou fazendo referência alguma ao amor livre, sensual, imoral; que degrada, degenera e que transforma o belo na pior espécie de esgoto urbano. Também não me refiro ao amor platônico que se ama de perto como se longe estivesse, porque julgam ser o amor impuro por natureza e contamina a alma. Somos chamados para amar o pária, o proscrito, o excluído social, o anônimo. Quem não ama não passou pela vida; e é melhor não viver do que viver e não amar. O amor é o bem supremo a ser anelado por homens e mulheres, adultos, jovens e crianças. Até os animais amam.
Não podemos entender nada na Bíblia e nem em nossa vida, se não for através do amor. Cantares de Salomão é um livro fácil de ser lido e entendido porque retrata a história de duas pessoas que se amam. Gostamos muito de João 3: 16 porque retrata, em poucas e inconfundíveis palavras, a história irrefutável do amor de Deus por nós.
O amor é o maior de todos os mandamentos.
Por que desejamos o amor?
 
Desejamos o amor pela sua origem:
           "o amor é Deus”
.
1João 4: 7 afirma: “amemos uns aos outros porque o amor é de Deus”. Este amor está por todas as partes da Bíblia: ele está presente na história da criação; ele está presente na história da redenção; ele está presente na história de cada um de nós. Onde encontramos Jesus? Com os pecadores. Com a multidão aflita e sofrida que vivia como ovelhas sem pastores, no meio de lobos famintos e vorazes.
O encontro de Jesus com a mulher samaritana foi o encontro do amor com o ódio cruel e racial. Qual dos dois você imagina que venceu: o ódio ou o amor? O amor é o único sentimento e a única arma que pode vencer o ódio. Jesus é a encarnação do amor de Deus. Hoje este amor está encarnado em mim e em você. A nossa história tem de ser uma de quem ama e não de quem odeia. Sem Jesus pode faltar amor, mas vão sobrar mágoas, ódio, revolta, repulsa, amargura, aversão, antipatia, desprezo e indignação.
Amor. Esta foi a única forma encontrada na Bíblia para definir Deus. Desejamos o amor porque o amor é de Deus.
 
      
Desejamos o amor pela sua eternidade:
           “o amor jamais acaba”
.
 Bem diz Jeremias 31: 3: “Com amor eterno Eu te amei”. O amor não é como uma árvore seca; como nuvens da manhã que passam ou a relva que murcha e seca, mas é como as montanhas que sempre estão firmes. Entra ano e sai ano, elas permanecem inabaláveis. Tudo ao redor pode mudar, elas não. Continuam sempre lá, imponentes, desafiadoras, dominando a paisagem.
Na vida tudo é transitório – menos o amor. Permanecem a fé, a esperança e o amor. Estes três. Mas o maior destes é o amor porque é o único que jamais acaba.
O amor é maior que a eloquência. Amor não é uma questão de linguagem, de teoria, mas de prática – “ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa e o sino que retine”, v. 1.
O amor é maior que a profecia. É maior do que a capacidade de predizer coisas passadas, presentes ou futuras: “ainda que eu tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e ciência, mas se não tiver amor...”, v. 2.
O amor é maior que a fé. A fé aponta para cima, enquanto o amor aponta para todos os lados: “ainda que eu tivesse toda a fé, de tal maneira que transportasse os montes e não tivesse amor, nada seria”, v. 2.
O amor é maior que os nossos conceitos humanistas: “ainda que eu distribuísse todos os meus bens para o sustento dos pobres, se não tiver amor...”, v. 3;
e o amor é maior que qualquer sacrifício que o ser humano possa fazer: “ainda que eu entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria”, 1Co 13.
Que as palavras do Senhor dirigidas a Efraim e Judá não sejam para nós: “Que te farei, ó Efraim, que te farei, ó Judá, porque o vosso amor é como a nuvem da manhã e o orvalho da madrugada que cedo passam”, Os 6: 4.
Desejamos o amor porque ele jamais acaba.
 
Desejamos o amor pelo seu valor:
           “o amor não faz mal ao próximo”.
           1Co. 13:5, 6.
Vemos esse amor na expressão reconciliadora do pai com o filho pródigo: quando reabilita o filho. Há uma dúvida sobre a qualidade do amor quando o pai entrega ao filho menor a parte da herança pertencente a ele. O pai não dialoga, não resiste a vontade do filho. Ele simplesmente atende o pedido. Isso é amor?
O pai pode chamar isso de amor, mas um psicoterapeuta vai chamar isso de paternidade irresponsável. O amor impõe limites, usa o bom senso, sabe dizer não. Amar não é concordar. Agora, quando o pai reabilita o filho maltrapilho, malcheiroso e mal de tudo – isso é amor. O amor determina limites; o perdão não. O perdão não conhece limites. Amar é perdoar sem limites.
Quando Jesus ministra perdão à mulher pecadora, em João 11: 16, não discute o tamanho do pecado dela. Não a discrimina e nem a humilha. Atos de bondade são vistos na parábola do Bom Samaritano que inspira atos de misericórdia até os dias de hoje. Amar inspira atos de heroísmo como o belo exemplo de Joquebede, a mãe de Moisés. O amor nos une, não nos divide. Isaque e Rebeca estavam divididos pelo amor ou pelas preferências?
No amor não há hipocrisia como bem testemunha a parábola do Bom Samaritano, nos exemplos reprovados e contestados do sacerdote e do levita; como também nas expressões ingratas e traidoras de Judas Iscariotes. Paulo resume magistralmente: “o amor seja sem hipocrisia”, Rm 12: 9, mesmo porque hipocrisia não combina com amor: “o amor não pratica o mal contra o próximo”, Rm 13: 10, porque essa é a sua natureza.

       
 Desejamos o amor pela sua qualidade:
            Ele é bom, justo e verdadeiro.
Paulo defende, Romanos 7: 12, que Ele é bom – porque se porta com decência; ele é justo nas suas atitudes com o próximo – de pensar, sentir e agir, e ele é verdadeiro no seu relacionamento. Desejamos o amor pelas qualidades que ele tem. E uma das grandes qualidades do amor é que ele não falha.
O amor é maior do que os dons espirituais. A profecia pode falhar; o amor, não. A fé, num determinado momento de fraqueza, pode falhar. Revelações podem falhar. O crente pode falhar no exercício dos dons espirituais e no seu testemunho pessoal; só não falha quem ama. Desejamos o amor pelas suas qualidades.
 
Considerações finais
Um dos hinos que mais gostava de cantar quando criança, e de tocar, quando tive minhas primeiras aulas de música e aprendia a tocar pela partitura musical, encontra-se no Hinário Aleluia – “Qual o adorno desta vida? É o amor”.  São cinco lindas estrofes descrevendo as qualidades do amor autêntico e verdadeiro. Hino número 381.
A mensagem da Bíblia começa com amor e termina com amor. Começa com o casamento de Adão e Eva no Jardim do Éden e termina com a união de Cristo e sua igreja no Apocalipse.
Você tem amado?

.......................
Fonte: Jornal Aleluia de fevereiro de 2008.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

SENTINDO A PAZ DE DEUS.

SENTINDO A PAZ DE DEUS

 

"Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti" (Isaías 26:3).




Como posso sentir a paz de Deus inundando todo o meu ser quanto tenho ao meu redor pilhas de roupas para lavar, compras para fazer, trabalhos para terminar e, o que é pior, um resultado de exame para receber?
As preocupações nos rodeiam, o medo vive, diariamente, ao nosso lado e a ansiedade toma conta de nós. Mas, como filhas de Deus e templo do Espírito Santo, temos um meio para driblarmos estas preocupações, este medo e esta ansiedade. Este meio é a perfeita paz de Deus que não espera por momentos perfeitos e certinhos para fazer morada em nosso coração.
É maravilhoso sabermos que, como filhas de Deus, podemos ter esta paz mesmo vivendo em um mundo de guerras, desemprego, doenças, drogas, futuro incerto para nós e para nossos filhos...
Quando nestes momentos de tristeza decidimos repousar nos braços do Senhor, não só sentimos a Sua paz mas sentimos também o Seu amor.

* O Que É Paz Perfeita?

Paz perfeita
não é viver em um lar sem barulho, sem brigas, sem filhos rebeldes, sem telefones tocando ou sem nenhum problema.
Paz perfeita é aquela que vem de Deus e chega até nós independente das circunstâncias. Mesmo quando nos encontramos no meio de uma grande tempestade, podemos sentir esta paz.
Foi o próprio Jesus que nos prometeu dar a Sua paz. Ele disse: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá (João 14:27).
A certeza de que o Senhor sempre está conosco nos momentos de angústia, medo, sofrimento, nos deixa mais confiantes e seguras. O próprio rei Davi diz ao Senhor ... "Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa" (Salmo 139:7-12).

Amada irmã, ter paz em nossa vida não significa estarmos livres de tribulações mas significa que mesmo em meio às tribulações podemos ter a paz que só Ele pode nos dar.
Podemos sentir esta paz em nossa vida confiando que Ele suprirá todas as nossas necessidades. A Sua Palavra nos diz em Filipenses 4:19 que "O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus." Se a Bíblia diz que Ele supre todas as nossas necessidades, isto significa que não há nenhuma necessidade que Ele não possa suprir.

* Para Termos Paz É Necessário Termos Confiança Em Deus.

Para que a paz de Deus tome conta da minha vida é necessário que eu confie nEle.
Quando estou atravessando o vale da sombra da morte tenho que, como uma mulher de Deus, crer e confiar que Ele está ali comigo atravessando o vale ou talvez até mesmo me carregando em Seus braços amorosos.
Mesmo sendo uma filha de Deus, posso passar por aflições em minha vida mas Jesus me diz ... "tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16:33). Não se preocupe, filha, pois "a minha paz vos dou" (João 14:27). Ele ainda me diz ... "Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27b).
Estes e tantos outros versículos me dão a certeza de que o meu Deus não me abandona, assim como não abandonou, por exemplo, José do Egito em seus momentos de tribulação. A Bíblia nos diz que "Deus era com ele. E livrou-o de todas as suas tribulações ..." (Atos 7:9b-10).

Querida irmã, quando temos que atravessar um rio agitado e sabemos que haverá medo, terror e pânico, então temos que antes fazer uma decisão:

1) Vou atravessar este rio rendendo-me a todas estas más emoções?
ou
2) Vou confiar no meu Deus, segurar em Suas mãos, repousar em Seus braços e seguir de cabeça erguida sentindo a Sua paz invadir todo o meu ser?

* Recebendo A Paz De Deus.

Quando eu decido confiar no Senhor, caminhar com Ele lado a lado, é então que tenho acesso àquela "paz de Deus, que excede todo o entendimento" (Filipenses 4:7a). E essa paz "chega até nós por meio de quatro dádivas que Ele nos concedeu." Elas são:

1- Deus, o Filho;
2- Deus, o Pai;
3- A Palavra de Deus;
4- Deus, o Espírito.

1- A Paz Através de Deus, o Filho

Eu posso ter a paz que tanto necessito através de Jesus Cristo, pois setecentos anos antes de Jesus nascer, o profeta Isaías disse na Bíblia: "Porque um menino nos nasceu ... e se chamará o seu nome ... Príncipe da Paz" (Isaías 9:6).
Jesus é o Príncipe da Paz. É através dEle que podemos encontrar a verdadeira paz que tanto necessitamos.
A paz que tínhamos com Deus foi quebrada quando Adão e Eva pecaram mas Jesus veio aqui para a terra para resgatar esta paz perdida. Ele morreu no meu e no seu lugar e ... "pela fé nele, temos paz com Deus". Temos, agora, aquela paz que tínhamos perdido.
"Obrigada Senhor, porque Tu és o Príncipe da Paz. Porque Tu não mediste esforços para me dar esta paz que está sempre comigo nos bons ou maus momentos da minha vida."

2- A Paz Através de Deus, o Pai

Eu posso ter a paz que tanto necessito através de Deus, o Pai.
Isaías 26:3 me diz: "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti."
É esta paz que "excede todo o entendimento" que eu, mesmo em meio às minhas tribulações, medo, angústia, pavor e lágrimas, sinto dentro de mim.
"Obrigada Pai, por esta paz que tu derramas sobre mim, pela Tua fidelidade e amor."

3- A Paz Através Da Palavra de Deus.

Somente na Palavra de Deus é que posso encontra lenitivo para a minha alma.
Em meio ao medo, ao caminhar pelo vale da sombra, decido parar e ler a minha Bíblia e vejo que é somente nela que encontro conforto e paz que a minha alma tanto necessita.
O Salmo 119:165 me diz que "muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço."
Amar a Palavra de Deus é amar o Deus que a fez, é amar estar em comunhão constante com Ele, é amar aprender dEle, é amá-la tanto que procuro escondê-la no coração "para eu não pecar contra ti" (Salmo 119:11).
"Ó Senhor, obrigada pelas doces palavras da Tua Palavra que penetram em meu coração, fazem nele morada e arrancam dele as frustrações, preocupações e tudo que está tentando me derrubar. Obrigada pela Tua paz em minha vida!"

4- A Paz Através De Deus, Espírito Santo.

Quando estou aflita, em meio às tribulações, é Ele, o Espírito Santo, o Consolador, que me consola e me reveste da paz de Deus. É Ele que, habitando em mim, me dá a certeza de que não estou só mas Ele está comigo carregando o meu fardo e a minha cruz. Só tenho que agradecer a Deus por enviar o Consolador e deixá-Lo fazer em mim morada.

Amada irmã, observando tudo isto, temos, então, a certeza de que Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo e a Sua Palavra são dádivas que não nos deixarão sem a paz que tanto necessitamos.

* Escolhendo A Paz De Deus Em Vez Do Pânico.

Numa das mais belas passagens que existe na Bíblia, lemos a história de Jesus com Seus discípulos num barco atravessando um lago.
Nesta passagem, podemos ver um quadro de verdadeiro pânico e de uma paz "que excede todo o entendimento"...
A viagem transcorria calma, sem nenhum incidente. De repente, surgiu uma tempestade que os deixou em verdadeiro pânico. Enquanto eles apavorados lutavam contra a tempestade, o Senhor dormia tranqüilamente. A paz que O envolvia vinha da certeza de que a Sua vida estava nas mãos do Pai. Os Seus discípulos não tinham essa paz que envolvia o Senhor e por isso O acordaram. Jesus, então, perguntou: "Onde está a vossa fé?" Nossos dias estão nas mãos do Senhor. Quando uma grande tempestade ameaçar a sua vida, não entre em pânico nem se desespere mas confie que o Senhor estará com você dando-lhe aquela paz que você tanto necessita. Ele é mais forte do que qualquer tempestade que possa surgir. Ele é o Senhor de tudo. Ele é o Senhor dos céus, da terra e do mar e só Ele é que pode trazer ao seu coração a verdadeira paz.

* Andando No Caminho Da Paz.

Que atitudes devemos ter diante de tudo que aprendemos da paz de Deus?
Como conservar tantas dádivas que o Senhor nos dá quanto à Sua paz?

1) Devo descansar e repousar nos braços amorosos do Senhor, confiando que é Ele que me dará a Sua paz.

2) Devo orar, abrindo o meu coração ao Senhor e deixando com Ele as minhas preocupações, dúvidas, medo, ansiedade ... Estes momentos de comunhão com Ele encherão a minha vida da paz "que excede todo o entendimento".

3) Devo procurar na Palavra de Deus versículos sobre medo, preocupação, amargura, tristeza... e, logo que os encontre devo decorá-los e gravá-los no coração. A Bíblia em 2 Timóteo 1:7 me diz: "Porque Deus não nos deu o espírito der temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação." Então, devo decorar aqueles versículos que plantarão em meu coração a paz de que tanto necessito.

4) Finalmente, "devo examinar os Evangelhos e estudar a vida de Jesus" que como homem e não como Deus passou por momentos de tribulações, preocupações, maus tratos ...
É com Ele que tenho que aprender a sentir a mesma paz que Ele sentia naqueles momentos de sofrimento.
É com Ele que tenho que aprender como permanecer no Pai e como ter a Sua paz.
É com Ele que tenho que aprender a sentir a paz que Ele sentia mesmo quando estava caminhando para o Calvário para ser crucificado e morrer no meu e no seu lugar.
É a Ele que tenho que agradecer pelos exemplos de paz que Ele deixou para ser seguido por nós.
É a Ele que tenho que agradecer pela paz que Ele nos dá, pela paz "que excede todo o entendimento."

Amada irmã, quando você estiver em meio às suas tribulações, quando a dor for tão grande que você não consiga conter as lágrimas, lembre-se de que qualquer que seja a sua cruz, o Senhor está pronto para lhe dar o Seu amor e lhe dar a Sua paz. E, em vez de chorar, cante o hino de Joseph M. Scriven "O Grande Amigo" ...
"Em Jesus amigo temos,
Mais chegado que um irmão,
Ele manda que levemos
Tudo a Deus em oração!
Oh! que paz perdemos sempre,
Oh! que dor no coração,
Só porque nós não levamos
Tudo a Deus em oração!"

"Busquei ao Senhor, e Ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores. Olharam para Ele, e foram iluminados; e os seus rostos não ficaram confundidos." (Salmos 34:4-5).


Valdenira Nunes de Menezes Silva

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Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).

quinta-feira, 2 de julho de 2015

O vaso e o Oleiro

O vaso e o Oleiro
O desejo humano e a vontade de Deus
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”. ( II Coríntios 4:7)
Por volta dos anos de 1047-1956 foi encontrado no meio das montanhas de Qunram os antigos pergaminhos do antigo testamento. Este verdadeiro tesouro arqueológico que certificou a palavra de Deus como prova científica e histórica só foi possível ser encontrado, pelo fato destes escritos estarem “centrados” em vasos feitos de barro e mesmo estando por um longo tempo escondido no “tempo certo” pode ser “descoberto” para comprovar a veracidade que tudo que o Senhor falara e era passado oralmente de geração a geração pelos judeus.
Muitos podem perguntar: O que isso tem a ver com este artigo: o vaso e o oleiro. Leia até o final e você entenderá.
Mas lembre disso: “A palavra de Deus só pode ser descoberta, porque estavam “centrados” em “vasos de barro”.
O que é o barro ?
O BARRO
Quando falamos em barro o que nos lembramos. Normalmente nos lembramos de um sedimento formado de terra e água que nada serve a não ser sujar e ser pisoteada pelos nossos pés. Mas quando vemos um barro, um sedimento, uma argila nas mãos do oleiro, ficou maravilhado o que pode sair de algo sem valor em algo valioso em extremo. Só que muitas vezes, por não entendermos do que fomos feitos, como e para que fomos feitos, acabamos não dando valor naquilo que Deus fez.
A palavra de Deus diz :
“Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou as narinas o fôlego de vida e o homem passou a ser alma vivente” (Gn 2:7).
Pois Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó (Salmos 103:14)
Neste versículo podemos ver um Deus criador, conhecedor da estrutura de sua criação, formando de algo aparentemente sem valor para algo útil para sua glória.
Depois de ter formado o homem e ter colocado o fôlego de vida a primeira coisa que o Senhor fez foi colocar o homem no Éden para servir, ou seja, lavrar e o guardar (Gn 2:15) e depois disso liberou uma palavra da parte Dele em forma de ordenanças.(Gn 2:16).
Primeiramente devemos entender que fomos criados para servir e obedecer e Deus.
A partir da queda pela desobediência no Éden que essa relação foi rompida e um grande conflito se estende até hoje, entre a criatura e o criador, a vontade de Deus e o desejo humano. Foi esse o motivo da queda e do pecado. Como barro, muitas vezes não temos estrutura suficiente, mas existe um ingrediente nesse barro que se chama “orgulho” que faz com que nos achamos mais do que nós realmente somos. Não temos estrutura ainda e precisamos de “ALGUÉM” para estruturar as coisas. O Senhor é o Oleiro, o Estruturador de todas as coisas, mas achamos que temos estrutura, que temos forma como Deus. É aí onde reside o perigo. É onde o nosso desejo sufoca a vontade de Deus. Quando agimos soberbamente em auto-suficiência, acabamos pecando e contendendo com Deus. Diz o profeta Isaías;
Ai daquele que contende com o seu Criador! O caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? Ou dirá a tua obra: Não tens mãos? Ai daquele que diz ao pai: Que é o que geras? E à mulher: Que dás tu à luz?(Is 45:9-10).
Deus criou todas as coisas e sabe quem somos. Porém o Senhor espera que seja “nosso desejo” servir e obedecer a Ele. O Senhor é um Pai criador, que não somente nos forma, mas também que nos compreende.
Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; e todos nós obra das tuas mãos. (Is 64:8)
O Oleiro
Se observarmos um Oleiro em seu trabalho, podemos também entender o trabalho de Deus conosco.
1) O Oleiro centraliza -O primeiro passo é quando o Oleiro centraliza o barro. Podemos entender com isso que se quisermos ser usados e “moldados ” por Deus, devemos estar no centro de Sua vontade. Dificilmente alguém poderá ser usado e fazer a vontade de Deus se Cristo não for o centro.O Oleiro precisa centralizar o barro se não pode espirrar para fora todo o molde. Muitas vezes por não estarmos centrados em Deus acabamos saindo pra fora daquilo que Deus quer formar em nós. Quando são os exemplos na Bíblia de pessoas que foram espirradas, por não quererem estar no centro da vontade de Deus.
2)O Oleiro tira excessos e molda – Muitas vezes temos excessos em nossas vidas que não agrada a Deus, tais como mentira, vaidade, orgulho e soberba. Não adiante em nada o Senhor formar um lindo vaso por fora, se dentro existe toda sorte de excessos. Excessos que por tempos foram fazendo do vaso algo somente bonito para se ver e não para se ter. Quantas vezes o Senhor como Oleiro, quis tirar alguns excessos, mas muitos vasos, por orgulho, não quiseram ser moldados. Muitos não querem “descer” a casa do Oleiro e serem trabalhados por Deus. Muitos querem “subir” e estar diante do trono, mas poucos estão dispostos a “descer” a casa do Oleiro, para ser moldados.
Muitos têm medo de se entregar ao Oleiro para que Ele possa fazer o molde conforme a Sua vontade. Muitos querem viver com seus excessos, centrados em si mesmos, sendo moldados segundo os padrões deste mundo. Muitos querem andar segundos “seus projetos”, fazendo seguindo a dureza do coração maligno e vivem fazendo o que é mal perante Deus(Jr 18:12).
Embora queiram “ser usados” por Ele, praticam abominações que desagradam a Ele.
Vemos que o Oleiro coloca a mão para dentro do vaso para o molde. Deus não quer apenas nos mudar naquilo que é externo, mas naquilo que é interno, que está dentro, que vem do coração. O Oleiro sabe que é mais fácil moldar naquilo que é interno, pois mudando isso o vaso estará “quase pronto”. Mudando e moldando aquilo que é interno, o externo será apenas uma questão de retoque. O Senhor sabe que mudando o coração de uma pessoa, Ele pode transformar o resto, seu modo de pensar, de falar, de agir e etc… Mas ainda falta o processo final, o do fogo.
3) O Oleiro passa o vaso pelo fogo – Como havia dito, depois do molde interno o vaso está “quase pronto”, mas falta ainda um último processo, o do fogo. O último processo do vaso é o do fogo. O fogo é o que tira o mau cheiro no vaso que são nossos pecados incrustados e serve para purificar e fazer resistente o vaso.
“Não é a minha palavra como fogo diz o Senhor, e como martelo que esmiúça a penha?” (Jr 23.29)
“Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” ( MT 3:11 – LC 3:16).
Sua palavra sem o Espírito Santo é pura letra e religiosidade
O Espírito Santo sem sua palavra é puro barulho e heresia.
É por isso que temos em nossas igrejas, muitas pessoas debilitadas em crer em Deus. Falta a palavra e Seu Espírito. Falta conhecimento da palavra de Deus. Falta também o Espírito de Deus para trazer “entendimento” dessa Palavra. A transformação real só virá através disso. O fogo representa também o juízo de Deus na obra do Espírito Santo. Muitos acham que este fogo é apenas os dons e o poder de Deus dados pelo Espírito Santo.
O verdadeiro cristão passará pelo fogo da Palavra de Deus. Muitas têm rachado nesse processo, pois acabam vivendo uma vida de religiosidade (como um vaso bonito externamente), que acaba não resistindo ao tempo. Não se engane no fogo todas as coisas serão manifestas. (I Cor 3:10-15).
Amados, o Senhor também nos imergiu, no encheu com Seu Espírito Santo para testificar e revelar a Sua mensagem ao homem por Jesus(Jo 15:26-27). Através da Sua Palavra pelo Espírito, Ele convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8-9). Muitos não entendem e se vangloriam como “vaso usado”, mas por não terem passado pelo “verdadeiro fogo”, acabam suas vidas sendo sucumbidas pelo pecado”. Na nossa nação por exemplo tivemos casos de “famosos vasos” que caíram em adultério e prostituição. Muitos esquecem que na obra que o Espírito Santo faz ,o Senhor nos molda com relação ao zelo por Ele ,a integridade, a pureza, a santidade,a humildade e ao temor do pecado. Também muitos esquecem que são vasos de “barro” suscetíveis a serem rachados e quebrados , quer por Deus, quer pelos seus pecados.
Nosso Deus é justo juiz, é fogo consumidor (Hb 12:29), que não tolera o pecado , a iniqüidade e apostasia da Sua Palavra. Mas que preza pela santidade, um dos seus atributos. E deseja que sejamos como Ele é, ou seja, SANTO.
E vontade do Senhor que cada um saiba possuir próprio corpo, ou seja, o vaso em santificação e honra. (I Ts 4:4)
Pois vós sabeis que preceitos vos temos dado pelo Senhor Jesus.
Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição,
Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus. ( I Tessalonicenses 4:2-5)
Embora o Oleiro saiba que numa grande casa existam diversos utensílios, alguns pra honra; outros porém para desonra, aqueles que desejam ser “vasos para honra” devem se santificar, se purificar através da obediência e temor a palavra de Deus (I Pe 1:22-23)
Se, pois, alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e útil ao Senhor, preparado para toda boa obra. …(II Timóteo 2:21).
Devemos entender que o Senhor fez de tudo para que seguíssemos segundo a vontade. Ele deu a Sua palavra e nos encheu com Seu Espírito para que façamos a sua obra. Paulo disse que sofreu para cumprir a palavra de Deus e levar sua mensagem e o mistério que é Cristo em nós, a esperança da glória. Que é possível fazer vontade de Deus por Cristo, ensinando e admoestando pela palavra o homem para se apresentar todo homem perfeito em Cristo (Cl 3:1). É vontade de Deus que sejamos como aquelas cartas manuscritas achadas nas montanhas, integram no conteúdo, portadoras da Sua palavra. Que sejamos referência, não somente mensageiros, mas cartas vivas de Deus nesta terra escrita não com tinta, mas pelo Espírito de Deus vivente, não em vasos ou tábuas de pedra, mas em tábuas de carne: nossos corações. (2 Cor 3:1-4).
Portadores destes tesouros, que é sua palavra, mas sabendo que a excelência sempre será do Senhor e não de nós.